Polícia Militar Ambiental há 28 anos protegendo o meio ambiente
A PMA Atua na prevenção através de atividades educativas para evitar o crime, e na repressão que é após o crime ter acontecido
A história da atuação da Polícia Militar Ambiental no Planalto Catarinense teve início em 1998, com a implementação do 9º Pelotão de Polícia de Proteção Ambiental, conforme estabelecido pela Portaria nº 11/PMSC/98. Localizado inicialmente na Estação Nacional de Truticultura do IBAMA – Pedras Brancas, este órgão, parte integrante da Polícia Militar do Estado de Santa Catarina, tinha como principal objetivo a melhoria da qualidade de vida da população por meio de atividades de policiamento ostensivo, fiscalização ambiental e educação ambiental, todas voltadas para a preservação do meio ambiente.
Em janeiro de 2006, a sede dessa subunidade da PMA foi transferida do município de Painel para sua localização atual na Rua Archias Batista do Amaral, no bairro Universitário (ao lado do Centro de Eventos), visando oferecer um melhor atendimento ao público e aproveitando os recursos logísticos disponíveis. Após essa mudança, a unidade passou a ser conhecida como 2ª Companhia do 2º Batalhão de Polícia Militar Ambiental.
Atualmente, a 2ª Cia/2°BPMA está ativamente envolvida no combate às várias ocorrências ambientais da Serra Catarinense. Destaca-se por suas iniciativas inovadoras na área de Educação Ambiental, sendo o primeiro quartel do país a alcançar a neutralidade de carbono e o primeiro quartel de Santa Catarina a abrigar um museu de animais nativos taxidermizados, entre outros projetos desenvolvidos na unidade. Todos esses esforços têm como objetivo disseminar o conhecimento sobre legislação ambiental para o público visitante e atendido pela PMA.
De acordo com o Capitão Jardel da Silva, comandante da 2ª Companhia do 2º Batalhão de Polícia Militar Ambiental de Lages, a área de atuação da 2ª Cia abrange desde Alfredo Wagner até Concórdia, englobando 68 municípios, com o apoio de um pelotão em Joaçaba e um destacamento em Curitibanos.
O Capitão Jardel destaca que a abordagem da PMA de Lages enfoca tanto a prevenção quanto a repressão. Na prevenção, projetos institucionais como Protetor Ambiental (Proa) Criança, destinado a alunos do 4º ano, e Protetor Ambiental Adolescente, para crianças de 12 a 14 anos, têm se destacado. A PMA forma duas turmas de Protetores Ambientais por ano, uma na própria companhia e outra no Colégio Militar Feliciano Numes Pires. Em 2024, estão previstas formações de turmas em Cerro Negro, Urupema e, no segundo semestre, em Campo Belo, totalizando mais de 990 protetores ambientais formados em Lages.
Além dos Proas, a PMA realiza visitas guiadas, onde escolas podem agendar visitas ao museu e ao Eco Parque, onde os visitantes podem conhecer diversos animais empalhados da fauna e plantas da flora da região, além de aprender sobre a horta, compostagem e gestão de resíduos. Em 2023, 1200 crianças visitaram o quartel da PMA de Lages.
Na parte externa, são realizadas palestras em escolas e outras instituições, principalmente em datas comemorativas como o Dia da Árvore, Dia do Meio Ambiente e Dia da Água, entre outras.
O Sargento Agostini destaca que a parte repressiva ocorre após a ocorrência do crime e abrange casos contra a fauna, flora e águas. O corte ilegal de madeira é uma das principais ocorrências, com mais de 400 metros cúbicos de madeira apreendidos de forma ilegal apenas em 2023 na área de abrangência da 2ª Cia. Outros focos repressivos incluem o controle da caça de Javalis, apreensão de pássaros nativos criados em cativeiro ilegal e fiscalização da pesca durante o período de defeso da Piracema, além da fiscalização da poluição da água e do solo.
Durante essas atividades repressivas, que envolvem patrulhamento e abordagem de veículos, também são realizadas prisões por porte ilegal de arma de fogo.
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